É difícil falar de amor. A cabeça fica tão cheia de coisas,
pensando em lembranças e bolando planos, criando metas e maneiras de realiza-las.
Coisas fúteis passam a nos preocupar, um oi em um tom um pouco diferente do
normal e pronto, você que antes estava saltitando contente acaba de cair em um
abismo de desilusão tão grande que o tártaro sentiria ciúmes dele.
Então a pessoa te vê, dá aquele sorriso que você tanto
esperou pra ver e a queda livre ganha o apoio de várias borboletas em seu estômago,
o que de certa forma gera uma sensação agradável, que com o tempo você se
acostuma e acaba entendendo como essa elipse toda funciona.
Acho que as relações basicamente são assim, cheias de
expectativas, desilusões, casos e acasos, tudo isso consolidando essa linha
tênue que une uma pessoa à outra. Se não forem assim, pelo menos deveria ser
assim. As coisas na vida dão certo de prima uma vez em cem mil, por isso
aprendemos que não devemos desistir do que nos é válido.
Por isso meu querido, hoje eu caio, amanhã estarei de pé
pronto pra tentar tudo mais uma vez. Se não der certo? Sempre temos o dia de
amanhã, certo?